Durante muitos anos, não conseguia estabelecer objetivos. A ideia de estabelecer um objetivo com data e previsão feita, não me fazia sentido e não conseguia fazer.
Tive de ler muito sobre objetivos, mas acima de tudo tive de “desatar muitos nós” na minha cabeça. Nós esses, que me limitavam e impediam de estabelecer objetivos.
Sei que não sou a única a sentir isto. Trabalho com muitas pessoas que não os conseguem estabelecer e que muitas vezes chegam a ficar angustiadas com isso. “Como é possível que não tenha objetivos?” “Será que tenho um problema?” Não tens acredita!
O que acredito é que damos demasiada importância aos objetivos, pelo menos na teoria que nos é passada a toda a hora.
Sendo todos diferentes, para alguns de nós é tranquilo (e obrigatório) estabelecer objetivos, com números, datas, tudo certinho.
Para outros essas datas e esses números causam tanta pressão que assustam, e por isso, não os estabelecem.
Para outros ainda, escolhem objetivos que lhes parecem tão grandes que são quase impossíveis e por isso, como não querem falhar, não se comprometem com nenhum.
Há ainda quem escolha objetivos à luz daquilo que são e sabem hoje, pelo que são tão pouco desafiantes que não os motivam.
E há ainda quem simplesmente não quer estabelecer objetivos.
E está tudo certo se te enquadras em qualquer um destes grupos. Mas acredita que os objetivos são importantes.
A forma como eu desatei o meu nó, foi entender que o objetivo é algo que eu quero atingir, sentir, alcançar, viver. Não tem de ter números, nem ser exatamente preciso. Tem de ter data sim, mesmo que tantos a temam, mas é importante para nos colocar em ação, caso contrário, caímos no erro de acharmos que vivemos para sempre e vamos adiando. E atenção que a data pode ser “todos os dias”.
O mais importante disto tudo, é que ter objetivos, sejam eles quais forem, dá-nos um mote para avançarmos e vivermos com intenção. E atenção que o meu objetivo pode ser: “Viver em paz comigo próprio, todos os dias”. E está tudo certo, pois mesmo este objetivo, que muitos dirão que não tem nada de objetivo, vais permitir-te fazer escolhas, tomar decisões, focar-te em ações que te façam sempre sentir em Paz contigo próprio.
No fundo, o que gostava de te transmitir é que podes (e deves) utilizar os objetivos como uma ajuda, nunca como um inimigo. Pensa bem, no fundo o que queres atingir, viver ou sentir? Escreve e compromete-te! Vais viver de uma forma muito mais intencional.