Há uma voz que te impede de viver!

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Por que deves calar a tua voz?!

Não, não deves calar a voz que usas para falar, aquela que se ouve de bom som. A voz de que estou aqui a falar é a voz que só tu ouves na tua cabeça. E está lá, tantas vezes, não é?!

Quantas vezes já decidiste que precisavas de descansar ou de fazer algo de diferente e, de repente, uma vozinha entra pela tua cabeça adentro e não pára de gritar e de enumerar todas as tarefas que tens na agenda e que não estás a cumprir?

Acontece à maioria das pessoas e acontece, porque, a maioria das pessoas não sabe como a controlar e, muitas vezes, calá-la mesmo. E porque é importante calá-la? Porque é essa voz que está na origem de todas as tuas frustrações relativamente ao tempo que empregas numa coisa em detrimento de outra. Ou seja, em todas aquelas vezes que decides fazer uma coisa e deixas outra por fazer.

E essa frustração pode escalar mesmo para o desespero, porque, em regra, associada à frustração, vem a sensação de falhanço, de que estás a falhar com alguém.

E isto é um grande problema, porque tens uma voz que te aprisiona, que te impede de quase viver, porque está, constantemente, a avaliar-te e a avaliar todas as tuas decisões e todas as tuas ações. É uma espécie de fiscal sem lei.

Na verdade, esta voz vai sempre existir e, nalguns casos ainda bem que está lá. É ela que, muitas vezes, nos alerta para o perigo, nos coloca no trilho, nos adverte para a realidade. Mas, é importante que saibas distinguir esses momentos e que a desligues em todos os outros em que ela surge, sem lei nem regra.

É bom que a aceitemos, mas é fundamental que saibamos reconhecer quando ela está a facilitar-nos a vida, a ajudar-nos  a colocar-nos no bom trilho e, quando, pelo contrário, está a empatar-nos a vida e a proibir-nos de viver, a limitar a nossa felicidade e de viver o AGORA. E o AGORA é tão importante!

Não permitas que essa vozinha, que irrompe pela tua cabeça adentro e insiste em lá ficar, te limite. Aprende a reconhecer quando ela é uma mais-valia e quando não o é de todo. Impõe-lhe tu os teus limites, treina-a para ser uma aliada e não um inimigo que mora mesmo dentro de ti. Afinal, o tempo deve ser o TEMPO que VERDADEIRAMENTE VIVES. Sem culpas. Com convicção.

É, por essa razão que, no meu Curso Full Time, ensino técnicas para as minhas alunas aprenderem a reconhecer esta voz e os momentos em que vale a pena dar-lhes ouvido e a calá-la em todos os outros.

E faz tanto sentido que assim seja, porque, na verdade, a nossa gestão de tempo tem a ver com as prioridades que definimos como importantes para nós, que nos fazem feliz. E essa voz, muitas vezes, só responde aos medos, aos receios, às crenças… e quando, quisermos, por exemplo, dedicarmos um tempo a oferecer-nos uma massagem a nós próprias, vamos, imediatamente, dizer que não temos tempo, porque, lá estará ela, a dizer-nos que temos muitas outras coisas para fazer.

Joana Rei Duque

Joana Rei Duque

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O meu nome é Joana Duque e não me defino pelo que faço, mas pelo que sou!

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