Nelson Mandela tem uma frase que gosto muito “Eu nunca perco, ou ganho ou aprendo”
Acredito muito nisto, principalmente com os erros. Eu diria, eu nunca erro, ou decido bem ou aprendo.
Todas temos fases nas nossas vidas em que tomamos decisões que hoje percebemos que não foram certas. E essas decisões podem ser pessoais, profissionais, familiares ou outras. Chamamos erros, pois essas decisões ou atos, tiveram consequências que nos mostraram que não foram as melhores escolhas.
Quando isto acontece, começa a nossa mente a dizer “já erraste outra vez”, “devias ter escolhido a outra opção”, “nunca fazes nada bem”, entre outras frases simpáticas que vamos dizendo a nós próprias.
Vamos ouvindo a nossa mente e aumentando as emoções negativas que esses “erros” trazem. Ficamos tristes, angustiadas, zangadas. O curioso é que essa avaliação, aliás diria mesmo julgamento, é feito à posteriori e por isso quando nos julgamos já temos outro conhecimento que não tínhamos no momento da tal decisão, do tal erro.
Assim, relativamente aos nossos erros, em primeiro lugar não me parece justo eu julgar-me com base em conhecimento que tenho depois do “erro”. Quando tomei determinada decisão, tomei com base no que sabia na altura e achando que era a melhor opção.
Além disso, acredito que estamos sempre a viver o que precisamos para a nossa evolução. Mesmo que seja algo que eu não goste ou que traga sofrimento ou mesmo que seja um “erro” meu. Acredito nisto por opção, pois nada me garante que esta minha crença é verdadeira, mas a verdade é que acreditando nesta verdade, estou a assumir a responsabilidade da minha vida e a oportunidade de aprender com as situações e com os erros.
Vou explicar melhor, quando decido acreditar que estou a viver o que preciso para a minha evolução, estou a dizer ao meu cérebro e ao meu corpo que vou perceber como posso tornar determinada situação o melhor possível. O que tenho de aprender para ultrapassar esta circunstância? O que este erro me está a trazer de aprendizagem?
Quando eu assumo esta crença, retiro, em primeiro lugar, o peso do julgamento aos meus “erros” (peso esse que, invariavelmente, me levava a um estado de raiva, frustração e desilusão) e depois saio do papel de vítima e de coitadinha pois assumo que esta é apenas uma fase de aprendizagem, e que eu tenho em mim (ou tenho de aprender) o que me vai permitir superar qualquer situação.
Esta crença permite-me ainda viver uma vida mais intencional e mais “acordada” pois tenho milhares de oportunidades de evolução. E acredito que todas nós o conseguimos fazer.
Assim, convido-te a fazeres este exercício quando “errares”. O que traz este erro à tua vida? Que aprendizagem te está a oferecer? Como podes ver a situação de forma diferente? Como podes reescrever esta história?
