Hoje, gostaria de abordar um tema que pode ressoar profundamente connosco mulheres: as máscaras que usamos na nossa vida diária. Quantas vezes já te sentiste pressionada a te encaixares num molde que não era teu? Quantas vezes já sacrificaste os teus próprios desejos e necessidades para responder às expectativas dos outros?
A verdade é que, como mulheres, frequentemente somos condicionadas a desempenhar papéis específicos na sociedade. Devemos ser fortes, resilientes, bem-sucedidas em todas as áreas da vida. Devemos ser mães perfeitas, profissionais exemplares, parceiras dedicadas. Mas, no meio dessa pressão, é fácil perdermos de vista quem realmente somos.
Essas máscaras que usamos, essas personas que projetamos para o mundo, podem levar-nos a caminhos que não são genuinamente nossos. Podemos nos encontrar em carreiras que não nos realizam, relacionamentos que não nos alimentam, vidas que não refletem os nossos verdadeiros valores e desejos.
Porque será que fazemos isso? Porque nos submetemos a essa constante busca por validação externa, mesmo que isso signifique sacrificar a nossa própria autenticidade? A resposta pode estar enraizada na necessidade básica de pertença e aceitação. Desde jovens, somos ensinadas a buscar a validação dos outros, a nos moldarmos para sermos aceites pela sociedade.
Começamos desde pequenas a querer pertencer ao grupo de amigos, depois ao grupo de faculdade, depois ao grupo do trabalho, às vezes até à família. E com isso cobrimo-nos de camadas e camadas. Máscaras que nos ajudam a pertencer, mas que escondem quem somos realmente e que ao mesmo tempo nos levam a despender energia e tempo no que não é realmente o mais importante.
E se eu te disser que não tem de ser assim? E se eu te disser que podes viver uma vida leve, autêntica, livre das amarras das expectativas alheias? A jornada para redescobrir quem és, por baixo de todas as máscaras, pode ser assustadora, mas também é incrivelmente libertadora.
Começa por te questionar: Quem sou eu quando tiro todas as máscaras? O que me traz verdadeira alegria e realização? Quais são os meus valores mais profundos?
E depois de te questionares, abraça a coragem de honrar essas respostas, mesmo que signifique desafiar as normas e os padrões estabelecidos.
Eu sei que não será fácil. Romper com décadas de condicionamento social, com padrões que fomos alimentando ao longo da nossa vida é um trabalho árduo e contínuo. Mas cada passo em direção à consciência, à aceitação e à autenticidade é um passo em direção à tua verdadeira felicidade e plenitude.
Lembra-te sempre: és merecedora de viver uma vida que reflete quem realmente és. Mereces libertar-te das máscaras que te tornam pequena e abraçar a plenitude de quem nasceste para ser. Mereces dedicar o teu tempo, a tua energia e os teus dons naquilo que está realmente alinhado contigo.
Então, desafio-te e encorajo-te a começar esta jornada de autoconhecimento e de escolha de ti hoje mesma. Tira as máscaras, abraça a tua verdade e caminha com confiança em direção à vida que mereces viver.
Com amor e apoio,
Joana Rei Duque