Todos nós temos uma vida mais ou menos preenchida, todos nós temos de responder a solicitações, corresponder a expetativas, apresentar resultados, pagar contas, dar apoio a quem precisa e depende de nós. Todos nós representamos diversos papeis na nossa vida, e muitas vezes separamos estes papéis como se fossemos diversas pessoas numa só, e com esses papeis vêm tarefas e mais tarefas e ainda mais tarefas.
Todos nós rapidamente nos tornamos um embrulho de coisas e tarefas, e vamos rolando, rolando sem parar, nem pensar no que fazemos e porque que o fazemos. Fazemos porque sim, porque sempre foi assim.
Somos muitas vezes passivos na nossa própria vida, somos espetadores e não atores.
Já pensaste quantas vezes te deixas enrolar e nem notas?
Li há tempos uma história muito simples mas tão sábia: Dois peixes andavam a nadar contentes e cruzaram-se com um outro peixe mais velho. O peixe mais velho cumprimentou-os “olá companheiros, como está a água?” – Os dois peixes amigos acenaram educadamente mas com cara de espanto, olharam um para o outro e perguntaram-se: “Mas que raio é a água?”.
E assim é na nossa vida, estamos enrolados, embrulhados, mergulhados no dia a dia que não vemos a própria vida.
Quantas vezes somos super eficientes, organizados, com resultados profissionalmente mas não vemos que a nossa vida pessoal precisa de nós, e nós precisamos dela na verdade.
As nossas diferentes “fatias” – leia-se áreas da nossa vida – fazem parte de um todo e se alguma dessas fatias está francamente desequilibrada, não poderás estar em equilíbrio, e os resultados que agora tens vão falhar, porque somos apenas um e não partes.
Hoje para, respira, observa e sente, o que te está a faltar? Que parte da tua vida estás a deixar em modo passivo, em modo automático? Agarra esse pedaço de ti e torna-te ativo! Não deixes a vida passar.