Todos os dias o sol nasce, tu acordas, despachaste, preparas os miúdos, levas à escola, vais trabalhar, com sorte ainda vais ao ginásio ao fim do dia, vais buscar os miúdos, jantas, arrumas tudo, ou vais trabalhar mais um pouco, dormes e no dia seguinte tudo recomeça.
Repetes este ciclo dia após dia, semana após semana, mês após mês.
Este foi o meu ciclo durante muito tempo, e sei que provavelmente é o teu.
Tarefas que se acumulam, exaustão mental, problemas, contas. Dias e mais dias.
E assim vivemos porque assim tem de ser, sem parar para pensar, para refletir. Sobrevivemos a vida que deveríamos viver. Somos espetadores da nossa vida quando devíamos ser protagonistas.
Vivemos num determinado ambiente e realidade, com família e trabalho e papéis por cumprir é certo, mas isso não nos tem de tornar autómatos, zombies de uma vida por viver.
É essencial ter uma base, uma rotina, um caminho que nos é conhecido, mas isso não nos pode impedir de viver a espontaneidade, o imprevisto, o objetivo que queremos atingir. Simplesmente não pode! A vida não nos pode engolir!! Só temos esta!
E como fazer? Como sair desta roda? Como furar este sistema tão bem engrenado e que nem nos deixa quase parar? Parando!! Sim parando!
Pouco a pouco criando momentos que nos permitam pensar. Aqueles momentos que perdemos em frente a um ecrã, a um interminável scrol que não procura nada, apenas está adormecido e embalado pelas cores e temas da vida dos outros e que nos impede de viver a nossa!
Hoje deixa o telemóvel de lado! Olha para os que te rodeiam, mas olha mesmo! Escuta-os, abraça-os! Abraça-te! Escreve sobre o que pensas, o que sentes o que sonhas. Faz um compromisso contigo própri@!
Estar nesta rotina sem sabor é bem mais fácil que fazer diferente, que dar um murro na mesa e decidir um caminho diferente. Mas será que é isso que queres lembrar quando tiveres pront@ para deixar esta vida?