Acordei naquele dia com a sensação de que me faltava alguma coisa, melhor que faltava eu ter feito alguma coisa no dia anterior.
Acordei levantei-me e comecei em piloto automático. A fazer, a cumprir, a listar tarefas, a fazer certos no que já estava feito. E por mais que fosse cumprindo ao longo do dia a lista não diminuía, apenas aumentava e aumentava.
Ora eram as coisas da casa, ora situações com os miúdos, na clínica, nas formações, um email, uma chamada, uma compra. Uma lista interminável que me afundava e me atropelava.
Parecia que acordava dia após dia para cumprir a lista de tarefas. Não pensava, nem questionava – não tinha tempo para isso – apenas cumpria.
Esta é a realidade de muitas das pessoas que acompanho. Uma vida apenas talhada por tarefas, por cumprir e fazer.
O que acontece é que no meio do reboliço da vida nos perdemos de nós. Pode parecer muito estranho isto que escrevo, mas é a realidade. Vivemos num piloto automático que nos impede de ter consciência. E é esse o meu trabalho. Levar cada uma das pessoas que trabalha comigo à consciência da sua realidade mas acima de tudo consciência do que podem fazer diferente para atingir o equilíbrio e os resultados que querem.
As tarefas e as listas são importantes mas trabalhadas em e com consciência e com uma intenção.
Se também te sentes por vezes engolido pelas tarefas e afazeres, o que te sugiro é parares e pensares quais são efetivamente importantes, quais as que têm mesmo de ser feitas. Este é o primeiro passo para criares consciência.
A vida é curta e não deve ser gasta a cumpri listas, não concordas?