O mundo move-se muito rapidamente, os nossos dias acontecem um atrás dos outros. Estamos na “roda do rato” e dificilmente vemos o grande plano, ou os nossos objetivos, não pensamos sobre isso, simplesmente não temos tempo.
Até um dia em que nos parece que algo não faz sentido, que falta preencher um qualquer espaço, nem sabemos o que gostamos verdadeiramente. Sentimo-nos perdidas.
Então deixa-me tranquilizar-te: todas nós atravessamos momentos de confusão antes de nos reconstruirmos de maneira mais forte, consistente e sustentada. Hoje quero partilhar contigo um pouco como o ganho de consciência nos pode ajudar, como decorre este processo de transformação e como muitas vezes é mesmo necessário desconstruir para construir.
Quando nos sentimos perdidos, ter essa consciência é um passo importante. Assumirmos que o lugar que ocupamos talvez não seja o nosso pode ajudar quando embarcamos numa jornada de transformação.
Assim, e a partir desse ponto, é muito importante trabalhar também a consciência de quem somos, do que queremos e do que realmente é importante para nós. Muitas vezes, sentimo-nos perdidas pois não temos clareza sobre as nossas próprias necessidades e desejos. Quando foi a última vez que tiraste um momento para te conheceres? Quando paraste para te escutares, para escutares os teus sonhos e as tuas necessidades? Eu sei que o dia a dia pode ser avassalador e não permitir estes momentos, mas acredita que se não os criares, não acontecerão.
A partir deste ponto vais descobrir aspetos sobre ti que talvez te confundam, e é natural que tenhamos de desconstruir muitos dos padrões a que estamos habituadas, pois muitas vezes foram-nos impostos mas não são verdadeiramente nossos.
Isso significa questionar crenças antigas, abandonar hábitos que não nos servem e enfrentar as sombras que por vezes preferimos não ver.
A verdadeira transformação não é linear, é mesmo preciso destruir para reconstruir, baralhar para conectar, estar perdido para se encontrar.
É como renovar uma casa: antes de construir algo novo e vibrante, precisamos remover as camadas antigas.
Desconstruir pode parecer desconfortável, até assustador. Mas é na desconstrução que encontramos espaço para o crescimento. Às vezes, precisamos desconstruir padrões que não nos servem, desapegar de expectativas externas e até questionar as normas que a sociedade nos impõe. A desconstrução é um ato de coragem que nos permite redefinir os nossos próprios termos.
Depois de desconstruir, chega o momento de construir a partir do zero. É aqui que a magia acontece. Com uma base sólida de consciência e toda a aprendizagem que acontece na desconstrução, temos a oportunidade de criar algo autenticamente nosso. Pode ser um novo plano de carreira, relacionamentos mais saudáveis, ou simplesmente um estilo de vida mais alinhado com quem somos.
Cada mulher tem sua própria jornada de transformação, e não há um mapa único. O que funciona para uma pode não funcionar para outra. A beleza está na individualidade de cada trajeto. Celebra as tuas conquistas, mesmo que pareçam pequenas, e sê gentil contigo mesma durante os desafios. A jornada é uma expressão da tua autenticidade.
Portanto, a ti que me lês digo-te se neste momento te sentes um pouco perdida, lembra-te que é uma parte natural do processo. Abraça a confusão com a consciência de que é temporária e que cada passo, por menor que seja, é um movimento em direção à autenticidade e à realização. Desconstrói para construir, pois é nesse ciclo que encontramos a verdadeira essência da nossa força feminina.
Lembra-te também que não estás sozinha neste processo. Procura o teu grupo de apoio, procura quem já fez este percurso e modela, aprende e implementa.
A tua transformação começa agora.
